Arranca esta semana aquele que é por muitos considerado o mais importante festival de música portuguesa. A sua importância não está tanto na dimensão mas sim na localização. Atlantic Waves é o único festival de música portuguesa no Reino Unido e está a tornar-se numa instituição para os amantes de música e movimentos artísticos internacionais. Durante todo o mês de Novembro é possível ver e ouvir nalgumas das mais famosas de espectáculo londrinas representantes de diversos movimentos musicais portugueses. Na edição deste ano, a sexta desde a criação do movimento, as honras da abertura cabem aos Madredeus que se apresentam esta quinta-feira perante o Barbican Hall. Entre os participantes encontram-se também Maria João e Mário Laginha, Sara Tavares e Pedro Carneiro com o Quarteto Arditti . Como nas edições anteriores, o ponto alto do festival será no Royal Albert Hall onde Mariza sobe ao palco no dia 22, acompanhada dos convidados Carlos do Carmo, Jaques Morenlenbaum e Tito Paris. A encerrar duas estreia mundiais premiarão a audiência de Londres com Janita Salomé, Maria João e Américo Rodrigues acompanhados de três vozes que participaram no último álbum da cantora Bjork , Medulla . Durante as próximas semanas o "Escala em Londres" acompanhará este festival de cultura portuguesa na capital britânica para lhe trazer as mais recentes notícias. Se tiver oportunidade de vir a Londres, pode comprar bilhetes para os diversos eventos do festival em: www.atlanticwaves.org.uk
Um dos clássicos do cinema dos anos oitenta tornou-se no mais aguardado musical a chegar a Londres. Após ter quebrado o recorde de pré-vendas na "Broadway" britânica, Dirty Dancing abre hoje as portas em Londres. Mas desta vez não é Patrick Swayze a representar o papel do instrutor de dança que, no filme original, se apaixona pela jovem Frances. Não porque Swayze se recuse a fazer musivais mas antes porque o actor norte-americano se encontra actualmente na reaparição de um outro musical, "Guys and Dolls". Josef Brown, é o novo Jonny Castle enquanto que a britânica Georgina Rich representa o papel de Frances. "The Time of My Life", o tema vencedor de um óscar e que marcou o verão de 1987, reaparece na nova versão de dirty dancing que enche o palco do Aldwych Theatre. Eleanor Bergstein, que escreveu a história original é também a guionista da adaptação ao teatro, mantendo-se fiel ao guião passado num campo de férias americano durante os anos sessenta. O musical estará em cena até Outubro de 2007.
Uma exposição para os mais e para os mais novos. Mais de 120 vídeo jogos encontram-se a partir de amanhã à disposição dos visitantes do Museu da Ciência em Londres. Desde o famoso Pac-Man até ao mais recente Super Mario, pode-se encontrar e jogar um pouco de tudo o que, até à data, foi criado a nível de vídeo jogos. Além da componente de entretenimento para todos os que seguiram a indústria desde a sua criação nos anos 60, a exposição, que estará patente até ao dia 25 de Fevereiro, revela o desenvolvimento a nível técnico e de "design" numa das mais recentes indústrias mundiais. Hoje os jogos de computador representam um mercado estabelecido e o desenvolvimento de alguns jogos é por vezes mais dispendioso e demorado do que a produção de um filme. Mas nem sempre foi assim, entre os anos 60 e 80 muitos eram o jogos desenhados e programados por estudantes nas suas próprias casas. Entre os jogos expostos encontra-se "Space War" o primeiro jogo de computador da história que poder ser jogado na consola original, a PDP-1. "Game on" é uma oportunidade única para os mais novos conhecerem a evolução dos vídeo jogos e para os mais velhos relembrarem alguns dos jogos e consolas que marcaram várias gerações.
David Banda, a criança que com apenas um ano de idade apareceu nas capas de jornais um pouco por todo o mundo, chegou esta manhã a Londres para começar uma nova vida milionária com a sua nova família: a cantora multimilionária Madonna e o realizador de cinema Guy Ritchie . Depois de vários dias de especulação sobre a decisão de Madonna em adoptar, a cantora norte-americana conseguiu uma licença de adopção temporária por 18 meses e às 6:30 desta manhã, David chegava ao aeroporto de Heathrow acompanhado de um guarda-costas e de uma assistente pessoal da cantora. Mas a adopção de David não foi bem aceite por todos. Tanto no Malawi, onde David vivia num orfanato e onde a adopção internacional é proibida , como em Londres as opiniões sobre o caso dividem-se. Instituições de caridade locais tentaram travar o processo, afirmando que o poder financeiro da cantora levou o governo local a contornar as leis permitindo uma rápida adopção. Já em Londres, muitos são os que descrevem a opção de Madonna em adoptar como um "acto egoísta". Mas muitos são também os que vêm os benefícios deste acto. Por um lado Madonna está a dar a oportunidade de uma vida de luxo a uma criança condenada à pobreza e a uma esperança de vida de apenas 40 anos e, por outro, uma doação de 3 milhões de dólares para os orfanatos do Malawi é extremamente difícil de recusar. Ainda assim, são muitos os que se preocupam com a radical mudança de vida do pequeno David que passa da pobreza ao luxo e ao estrelato na capital britânica. Madonna garante que não deixará que o novo membro da família seja afectado pelo "circo" que a rodeia.
Um exemplo do movimento artístico da capital britânica...durante os próximos dias, o Regent's Park transforma-se numa gigante sala de exposições por onde se podem ver as mais recentes obras de centenas de artistas que aqui vêm expor na esperança de que algum Saatchi lhes descubra o talento. Obras para todos os gostos e feitios (algumas delas ainda com a tinta fresca) pedem pelo reconhecimento e, a passearem-se pelos corredores, dezenas de coleccionadores e aspirantes, procuram o seu tiro de sorte...uma obra ou um artista que se conquiste o reconhecimento do mundo transformando uma aquisição num compensador investimento. Nem sempre foi assim em Londres. Segundo a portuguesa Paula Rego, Londres dos anos 50 e 60 não respirava arte como hoje. Todos os artistas lutavam pela vida e a pintura ou a escultura tinham que ganhar o estatuto de "hobbie" por uma questão de sobrevivência. "Foi Saatchi que veio mudar o mercado da arte neste país", diz. Mas a verdade é que, no século XXI, não foi apenas para os artistas que a vida mudou...também as galerias e os coleccionadores têm hoje inúmeras oportunidades de "negócio". A Frieze é o exemplo disso. Talvez uma das maiores feiras de arte do mundo, é sem dúvida o tema da semana entre os artistas e eruditos da cidade. Todos querem lá estar e todos lá vão dar uma vista de olhos. Os portugueses não são excepção e entre os participantes, o Escala em Londres, encontrou a Galeria Filomena Soares que representa artistas como Vasco Araújo, Inês Botelho, Pedro Casqueiro e o jovem português residente em Londres, Rodrigo Oliveira. Para os que preferem um ambiente mais musical, a feira também oferece duas noites de música com "The Curtains", "Liars" e "Sunn" a tocarem nas noites de sexta-feira e sábado.
Começa hoje a mais recente exposição de Paula Rego. A pintora portuguesa, que é uma das artistas preferidas dos britânicos - incluindo do coleccionador Charles Saatchi que admitiu ter a sua casa decorada com obras da portuguesa - apresentou hoje as suas mais recentes obras a um grupo de convidados na galeria Marlborough Fine Art, em Londres. A exposição, que inclui os mais recentes trabalhos de Rego, abre amanhã ao público. Rego, que em 2004 foi convidada a participar numa série de exposições dedicadas a artistas britânicos na Tate Britain, traz até ao público uma série de 12 litografias e um conjunto de pasteis - entre eles "Pillowman" (Homem Almofada) que foi exibido pela primeira vez na Tate Britain em 2004, que aparece agora acompanhado de "The Fisherman" (O Pescador), que data de 2005. As duas peças, que são inspiradas na comédia "The Pillowman", de Martin McDonagh, mostram o interesse da pintora pelo contar de histórias. Rego foi ver a peça em 2004 no National Theatre, em Londres, e após vários encontros com o autor, conseguiu autorização para interpretar a peça através da pintura. Deste ano, Rego apresenta "Vanitas" que foi recentemente adquirido pela Fundação Calouste Gulbenkian para celebrar o 50º aniversário da organização. A exposição coincide com a terceira edição do livro Paula Rego por John mcEwen e com uma exposição retrospectiva do trabalho gráfico da portuguesa no Royal College of Art, em Londres.
Já imaginou ir a um museu de arte contemporânea para se lançar de um escorrega de aço inoxidável? Provavelmente não. Mas esta será a realidade para muitos dos visitantes da Tate Modern durante os próximos seis meses. O grande hall de entrada do museu, conhecido como Turbine Hall, foi hoje transformado num enorme parque de diversões com uma série de escorregas gigantes em forma de tubo a serem apresentados pela primeira vez ao público. Para Carsten Höller , autor da impressionante instalação, Test Site (conforme é intitulada a exibição) funciona como uma experiência artística na qual é fundamental a participação humana. "A experiência do parque de diversões é completamente subestimada, e eu não compreendo porque é que ela não pode ser levada mais a sério a nível artístico e filosófico", explica Höller , para quem os escorregas representam um eficaz meio de transporte. "Além disso, o escorrega é uma forma de libertar tensões do dia-a-dia, dando-nos um momento de alívio". No mundo da arte, no entanto, os tubos são vistos como esculturas e como "uma obra arquitectónica perfeitamente segura", assegura a Tate Modern . Mas este é um brinquedo só para os mais grandinhos uma vez que existem restrições para quem pode "escorregar".