Um exemplo do movimento artístico da capital britânica...durante os próximos dias, o Regent's Park transforma-se numa gigante sala de exposições por onde se podem ver as mais recentes obras de centenas de artistas que aqui vêm expor na esperança de que algum Saatchi lhes descubra o talento. Obras para todos os gostos e feitios (algumas delas ainda com a tinta fresca) pedem pelo reconhecimento e, a passearem-se pelos corredores, dezenas de coleccionadores e aspirantes, procuram o seu tiro de sorte...uma obra ou um artista que se conquiste o reconhecimento do mundo transformando uma aquisição num compensador investimento. Nem sempre foi assim em Londres. Segundo a portuguesa Paula Rego, Londres dos anos 50 e 60 não respirava arte como hoje. Todos os artistas lutavam pela vida e a pintura ou a escultura tinham que ganhar o estatuto de "hobbie" por uma questão de sobrevivência. "Foi Saatchi que veio mudar o mercado da arte neste país", diz. Mas a verdade é que, no século XXI, não foi apenas para os artistas que a vida mudou...também as galerias e os coleccionadores têm hoje inúmeras oportunidades de "negócio". A Frieze é o exemplo disso. Talvez uma das maiores feiras de arte do mundo, é sem dúvida o tema da semana entre os artistas e eruditos da cidade. Todos querem lá estar e todos lá vão dar uma vista de olhos. Os portugueses não são excepção e entre os participantes, o Escala em Londres, encontrou a Galeria Filomena Soares que representa artistas como Vasco Araújo, Inês Botelho, Pedro Casqueiro e o jovem português residente em Londres, Rodrigo Oliveira. Para os que preferem um ambiente mais musical, a feira também oferece duas noites de música com "The Curtains", "Liars" e "Sunn" a tocarem nas noites de sexta-feira e sábado.